O essencial é estabelecer o mesmo tipo de direito de propriedade intelectual que significa que o whisky escocês só pode ser produzido na Escócia ou o champanhe na região francesa de Champagne. Chama-se Indicação Geográfica (IG) e uma certificação de IG atribui um produto especial a uma localização específica e acrescenta valor através da confirmação da sua autenticidade.
Ao longo do workshop de dois dias, as mulheres analisaram atentamente uma versão provisória do código de conduta a fim de garantir que o documento refletia com precisão o conhecimento tradicional da forma como é produzido o produto final, o Gari Sohoui de Savalou.
O código de conduta foi validado no final do workshop e o total das 24 mulheres assinou um acordo para distribuí-lo e garantir que é cumprido.
O workshop, organizado pela CNUCED, constituiu um marco no caminho para fazer chegar o Gari Sohoui de Savalou a mercados de maior dimensão e aumentar os rendimentos dos especialistas que o produzem. Trata-se de um exemplo da frequência com que produtos alimentares e de artesanato únicos em alguns dos países mais pobres do mundo continuam por descobrir e estão prontos para uma melhor distribuição.
“As comunidades rurais podem beneficiar significativamente da introdução das IG, permitindo que os produtores acedam a mercados mais vastos e mais diversificados”, afirmou o especialista da CNUCED, Stefano Inama, que participou no workshop.
Além de certificar a autenticidade, o estatuto de IG possui o benefício adicional de proteger os conhecimentos tradicionais e as competências consagradas pelo tempo, especialmente nos 47 Países Menos Avançados (PMA) do mundo, 33 dos quais situados em África.