29 Outubro 2018

Molho picante caseiro significa negócios para empreendedor do Malawi

Depois da ajuda que recebeu para descobrir novos mercados, um homem vê o seu império de molho picante em franca ascensão

Timothy Pondani tem três filhos e é um próspero homem de negócios, gerindo uma promissora empresa de molho picante designada por Wozawoza, com sede em Chilomoni Township, em Blantyre, no Malawi. 

Timothy começou o seu negócio em casa em 2011, com um capital de 2000 kwachas (aproximadamente três milhões de dólares), produzindo seis frascos de molho picante por semana que vendia aos vizinhos e amigos.

Era um negócio peculiar: um homem de 43 anos geria-o sem escritório e sem funcionários.

No entanto, depois de encontrar novos mercados para os seus molhos, Timothy expandiu o negócio, produzindo atualmente mais de 6000 frascos por mês e realizando lucros superiores a 300.000 kwachas por mês.

“Participei na missão comercial que visitou Tete em 2017, organizada pelo Centro de Investimento e Comércio do Malawi. As reuniões que tivemos em Tete ajudaram-me a identificar cerca de oito potenciais compradores do meu molho picante. Neste momento, abasteço duas lojas em Tete graças à minha atual capacidade de produção. Forneço cerca de 3000 frascos de molho por mês desde junho de 2018”, afirma.

O Centro de Investimento e Comércio do Malavi, em parceria com o Quadro Integrado Reforçado (QIR), tem envidado esforços para identificar novos mercados internacionais para os produtos do Malawi e aposta em pequenos empresários como Timothy devido às oportunidades de aumentar os rendimentos. 

“Agradeço ao projeto do QIR, por meio do Centro de Investimento e Comércio do Malavi, por me dar a oportunidade de descobrir mercados internacionais para o meu molho picante. Agora posso pagar as despesas da minha família, seja alimentação, propinas escolares ou outras necessidades básicas”, salienta.

E, como expandiu a empresa, Timothy emprega agora quatro funcionários permanente e dois temporários.

“Pago um salário de 45.000 kwachas (60 dólares) a cada um dos funcionários permanentes. Graças à minha empresa, estão aptos a sustentar as suas famílias”, refere.

O molho de Timothy é produzido a partir de malaguetas frescas das variedades piripíri e cambuci que compra a agricultores locais de distritos vizinhos como Thyolo, às quais adiciona vinagre e outros aditivos. Ainda utiliza uma máquina manual, mas, com a expansão da produção, planeia vir a comprar uma máquina moderna.

Além disso, os seus molhos contam com a pré-certificação da Agência de Normalização do Malawi.

Além de abastecer o mercado internacional, Timothy vende os seus produtos em lojas e restaurantes locais selecionados. Está em conversações com a Peoples Trading com vista a abastecer as lojas da cadeia com os seus produtos e conta com um distribuidor em Lilongwe, para onde envia todos os meses cerca de 3600 frascos do seu molho picante.

Clement Kumbemba, Diretor Executivo do Centro de Investimento e Comércio do Malavi, afirma: “É importante apoiar pequenas empresas no Malawi como a de Timothy porque exercem um enorme impacto nos meios de subsistência da comunidade e também na condição socioeconómica do país.”

Conforme acrescenta, a história da Wozawoza é inspiradora e pode servir de exemplo para outras empresas locais na medida em que, enquanto país, o Malawi está a esforçar-se por promover as pequenas empresas, pois estas têm o poder de beneficiar comunidades inteiras. 

Entretanto, Timothy tem planos para diversificar a empresa, pretendendo começar a produzir sumos de fruta. Na verdade, já adquiriu a máquina e está pronto para começar.

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